A preservação do patrimônio histórico e arquitetônico é a memória de uma cidade que é substancial para as futuras gerações. Nesta perspectiva, o projeto de pesquisa intitulado “Memória do Sertão” propõe o estudo de exemplares arquitetônicos do sertão nordestino. A pesquisa é direcionada a cidades interioranas do semi-árido que compõem um acervo arquitetônico rico em patrimônios, os quais possuem uma diversidade de estilos e épocas. Para a realização dessa pesquisa, uma análise sistemática do estado da arte foi de crucial importância para edificar a estrutura do projeto. Em um primeiro momento, dedicou-se na seleção dos imóveis a serem estudados, considerando às questões físicas, bem como, se há comprometimento estrutural. Diante disso, classificado como um projeto teórico-prático, pesquisas de campo são realizadas com o intuito de coletar informações e características predominantes das edificações, usabilidade e a importância histórica do município em estudo. Vale destacar que, nesse levantamento teórico-prático da pesquisa, registros fotográficos, preenchimento de fichas e diálogos com os moradores locais, são devidamente destacados. O sumário da pesquisa está estruturado da seguinte maneira: arquitetura residencial, religiosa e institucional. Na primeira etapa do projeto, concentrou-se esforços no município de Pau dos Ferros, localizado no extremo oeste do estado do Rio Grande do Norte. Apesar de ser uma cidade interiorana, encontra-se em um singular crescimento urbano. Essa expansão carrega a verticalização de edifícios que antes eram pequenas residências e/ou comércios. Com isso, a busca pela documentação se tornou caráter emergencial. Alguns edifícios foram de extrema importância para o desenvolvimento urbano da cidade, como, por exemplo, a Igreja Matriz e a Prefeitura Municipal, essas caracterizadas como arquitetura eclética, edificadas em meados nos anos 1920-1930. A Capela de São Benedito é a segunda igreja mais antiga da cidade, construída pelos moradores e possui um estilo único e original, passando apenas por pequenas restaurações ao longo do tempo. Posteriormente, a pesquisa deu continuidade na cidade de Portalegre. Um município interiorano que passou por um crescimento exponencial no setor turístico, possuindo uma variedade arquitetônica composta por casas, instituições e demais edifícios, que, preservam a identidade e refletem em sua arquitetura a memória de seus antepassados. Destaca-se: a Casa de Câmara e Cadeia que na época da colonização – construída em meados do século XVIII – servia como administração pública e poder judicial. Adiante, a Casa de Câmara e Cadeia manteve suas configurações originais, porém, ao decorrer da cronologia temporal, exerceu funções diferentes e atualmente funciona como um espaço que dispõe de um museu, uma pinacoteca e a biblioteca pública. Constatou-se, portanto, que o projeto “Memória do Sertão” possui relevância diante do contexto Nacional, logo a publicação desses resultados na literatura é de suma importância para a ampliação do conhecimento da arquitetura e a ratificação da identidade urbana do Sertão Nordestino.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas